Quinta feira, dia 05/11, quando cheguei à Câmara Municipal, logo me apresentaram as MC Girls, do qual fazem parte Chiara Bryan, Anita Mello e Luisa Tucat, todas alunas da Escola Cooperativa de Ubatuba.
O Bob estava todo contente pois elas são bastante jovens, na faixa dos 13 e 14 anos, e já têm uma produção própria registrada em um diário, produções individuais ou coletivas. A alegria e a surpresa se devem ao fato de que elas fogem ao padrão que estamos acostumados a ver, pois são brancas e estudam em uma escola frequentada por uma elite, se não do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista cultural e social.
A atração delas pelo rap surgiu quando viram na Escola Cooperativa uma apresentação do Tagarela (Jader Thiago de Farias), do Big Boy Bond Bee e do Digão. Depois, na Mostra Cultural, viram uma apresentação da equipe do “Meu Projeto de Vida”, desenvolvido pela Fundação Alavanca, com patrocínio da Petrobras. Após esse contato, os alunos da escola foram visitar o espaço das oficinas da Fundação localizada no Horto.
Segundo Luisa, o contato com o rap mudou o modo de ver delas. A produção dessas meninas aborda temas sociopolíticos e de direitos humanos, tais como o preconceito, a exclusão social e a discriminação.
O Tagarela também confessou que, na relação com essas garotas, tinha uma visão preconceituosa e não punha muita fé que elas fossem capazes de produzir textos com o espírito de contestação próprios desse gênero musical.
Do depoimento deles pudemos perceber o poder do RAP de aproximação entre as classes sociais através da expressão e discussão dos conflitos. O RAP, ao contrário do que muitos pensam e veiculam, não propõe a violência, mas questiona a violência do cotidiano, da absurda diferença entre poucos que têm muito e muitos que não têm o necessário para sobreviver; de uma justiça que pune apenas aqueles que não têm dinheiro, deixando os crimes de colarinho branco impunes. (Foto: 1º Festival Cultural da Cooperativa Educacional, realizado em 2008: apresentação que inspirou as Mc Girls).
Rui Alves Grilo
O Bob estava todo contente pois elas são bastante jovens, na faixa dos 13 e 14 anos, e já têm uma produção própria registrada em um diário, produções individuais ou coletivas. A alegria e a surpresa se devem ao fato de que elas fogem ao padrão que estamos acostumados a ver, pois são brancas e estudam em uma escola frequentada por uma elite, se não do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista cultural e social.
A atração delas pelo rap surgiu quando viram na Escola Cooperativa uma apresentação do Tagarela (Jader Thiago de Farias), do Big Boy Bond Bee e do Digão. Depois, na Mostra Cultural, viram uma apresentação da equipe do “Meu Projeto de Vida”, desenvolvido pela Fundação Alavanca, com patrocínio da Petrobras. Após esse contato, os alunos da escola foram visitar o espaço das oficinas da Fundação localizada no Horto.
Segundo Luisa, o contato com o rap mudou o modo de ver delas. A produção dessas meninas aborda temas sociopolíticos e de direitos humanos, tais como o preconceito, a exclusão social e a discriminação.
O Tagarela também confessou que, na relação com essas garotas, tinha uma visão preconceituosa e não punha muita fé que elas fossem capazes de produzir textos com o espírito de contestação próprios desse gênero musical.
Do depoimento deles pudemos perceber o poder do RAP de aproximação entre as classes sociais através da expressão e discussão dos conflitos. O RAP, ao contrário do que muitos pensam e veiculam, não propõe a violência, mas questiona a violência do cotidiano, da absurda diferença entre poucos que têm muito e muitos que não têm o necessário para sobreviver; de uma justiça que pune apenas aqueles que não têm dinheiro, deixando os crimes de colarinho branco impunes. (Foto: 1º Festival Cultural da Cooperativa Educacional, realizado em 2008: apresentação que inspirou as Mc Girls).
Rui Alves Grilo
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